Irresponsável. Talvez essa seja a palavra que me defina quando se trata de pessoas. Eu nunca tomei cuidado quando eles se aproximaram de mim me dando carinho, atenção e segurança. Era tão inocente que não dava pra desconfiar, então eu simplesmente me deixava levar.
Hoje eu tento me segurar e me esquivar das coisas que considero uma ameaça, mas elas sempre vêm com um toque de ternura e bondade. Eles devem saber exatamente o que fazer para poder me conquistar, iludir e depois dar o bote. Eu sou a pessoa que eles enchem de esperança, sonhos, vontade de viver que me tira o sono pra depois, nada. Talvez eu que crie expectativas de mais e acabe sofrendo por confiar de mais. Talvez a errada da história toda seja eu.
Eu realmente tenho medo deles, mas amo conviver com eles. São tão bons quando querem e viver nessa história de “hoje ele está comigo e amanhã quem sabe”, é bom. Acho que gosto de ser enganada, só pode.
Não importa o que aconteça, sempre vou mergulhar e me deixar levar por sensações inusitadas sem pensar duas vezes. Sempre sendo a garota “eu mesma” e sem medo de ser feliz, mas com um medo enorme de perdê-los. Eu sou toda confusa, eu sei, mas é culpa deles se eu os quero perto e longe, se eu os amo e odeio, se eu desejo tudo de bom e que se explodam também. Enfim, eles são boa parte da minha vida e sempre vão ser e é por isso que eu sou feliz.

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postado por Nat às 07:12 • 24 outubro 2014 • 1 Comentário/s
Como não olhar pra trás se o passado vem bater na minha porta toda noite? Onde quer que eu vá tudo me assombra, como que se fosse um aviso. Tem um alguém que não me deixa esquecer as escolhas erradas que fiz e que não me deixa viver direito, fazendo assim eu lembrar de momentos bons e até fantasiar histórias que eu gostaria ter vivido com um outro alguém que já se foi. Parece complicado, mas é assim que minha vida é hoje. Quero viver o agora com pessoas que me fazem bem e que eu possa fazer o bem também, mas mesmo assim esse alguém quer me deixar louca e me faz lembrar para dizer que eu tenho que me afastar, se possível morrer.
Tão complicado quanto falar russo, eu até estava esperando que a vida fosse um pouco difícil como um chute na canela de uma criança mimada, mas não isso. Já tentei entender e creio que a culpa não é minha e sim de quem me persegue. Até desejei que a tal pessoa fosse feliz. Sem sucesso. O importante é que eu tenho que aprender a lidar com isso e esquecer os meus monstros. O passado faz parte de qualquer um e eu tenho o direito de sorrir com o agora sem que ele fique na minha porta me assustando.

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postado por Nat às 05:53 • 22 outubro 2014 • 2 Comentário/s